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VII CONGRESSO PORTUGUÊS DE SOCIOLOGIA

PARA O VII CONGRESSO PORTUGUÊS DE SOCIOLOGIA

Ficha Técnica:

Organização e Edição:
Associação Portuguesa de Sociologia
Av. Prof. Aníbal de Bettencourt, 9
1600-189 Lisboa
Tel: 217804738 / Fax: 217940274 / E-mail: aps@aps.pt / http://www.aps.pt

Produção técnica:
Plug & Play
Rua José Augusto Coelho nº 117
2925-543 Azeitão
Tel: 210 854 236 / Fax: 210 854 236 / http://www.plugeplay.com

ISBN: 978-989-97981-0-6

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©Associação Portuguesa de Sociologia – Lisboa, 2012

Associação Portuguesa de Sociologia

 

Como referenciar os textos desta edição

SOBRENOME DO AUTOR, Prenome(s) (2012). Título do texto. in Atas do VII Congresso Português de Sociologia, Lisboa: APS. ISBN: 978-989-97981-0-6. Disponível em http://www.aps.pt/vii_congresso/?area=016&lg=pt. Acesso em: Dia mês (abreviado) ano.

Editorial

Saberes e Experiências Profissionais[ Voltar às Áreas ]

Mesa nº 1 - Saberes Experiencias Profissionais[ Voltar às Mesas ]

  • PAP1565 - O uso do conhecimento profissional dos professores em contexto profissional: da “partilha” ao “share”
    Resumo de PAP1565 - O uso do conhecimento profissional dos professores em contexto profissional: da “partilha” ao   “share” PAP1565 - O uso do conhecimento profissional dos professores em contexto profissional: da “partilha” ao   “share”
    • CAMPOS, Joana CV de CAMPOS, Joana
    • PAP1565 - O uso do conhecimento profissional dos professores em contexto profissional: da “partilha” ao “share”

      Na sociologia das profissões o conhecimento profissional tem sido entendido como um dos principais elementos distintivos dos grupos profissionais, e como recurso de poder e afirmação profissional. A pesquisa a partir da qual se propõe a presente comunicação, debruça-se sobre os processos de uso do conhecimento profissional e a representação que os profissionais – os professores - têm acerca do mesmo. A presente discussão enquadra-se na problemática do conhecimento profissional dos professores, em particular, numa das mais significativas dicotomias identificadas, a relação entre a teoria e prática profissionais (Tardif, Lessard e Lahaye, 1991; Sá-Chaves, 1994; Alarcão, 1996; Connelly e Claudinin, 1994; Fenstermacher, 1994; Losego, 1999; Perrenoud, 2001; Tardiff, 2004; Montero, 2005; Roldão, 2007; Lanthaume, 2006; Kelly, Luke e Green, 2008; Ulvik e Smith, 2011). Este debate embora não seja novo mantém-se actual (Nóvoa, 1995; Barbier, 1996; Chartier, 1998; Tardiff, 2004; Montero, 2005; Caria, 2009; Loureiro, 2010; Roldão, 2007; Ulvik e Smith, 2011). Este debate embora não seja novo mantém-se actual (Nóvoa, 1995; Barbier, 1996; Chartier, 1998; Tardiff, 2004; Montero, 2005; Caria, 2009; Loureiro, 2010; Roldão, 2007; Ulvik e Smith, 2011). Este debate embora não seja novo mantém-se actual (Nóvoa, 1995; Barbier, 1996; Chartier, 1998; Tardiff, 2004; Montero, 2005; Caria, 2009; Loureiro, 2010; Roldão, 2007; Ulvik e Smith, 2011). Metodologicamente os resultados trazidos para a discussão provêm de uma investigação desenvolvida em torno da prática profissional dos professores em contexto. Tecnicamente parte-se da análise das entrevistas sobre as situações observadas em contexto profissional, realizadas a 12 professoras do ensino básico de dois agrupamentos. A ideia de “partilha” revelou-se a mais central e transversal nos discursos, embora se referencie a situações e dinâmicas muito distintas, variando entre situações formais e informais, em presença ou à distância. Concluiu-se assim que para estas professoras constitui-se como elemento central da construção, mobilização e uso do seu conhecimento profissional as situações de trabalho conjunto, assim como a consulta a fontes muito diversificadas, sobretudo as disponíveis na web. O plano presencial, na escola, e o tecnológico, na Web, são referenciados como os “dois palcos” em que se joga essa “partilha”. Evidencia-se assim a importância que a prática profissional em equipa assume para estes profissionais (Sá-Chaves, 1994; Alarcão, 1996; Caria, 2003; Loureiro, 2010). Retoma-se a ideia que o conhecimento em si não é suficiente para se constituir como recurso, como refere Rodrigues (1997); é fundamental reconhecer e compreender os processos de construção e de apropriação do mesmo. Reforça-se a importância da reflexão sobre a produção e mobilização de conhecimento profissional para o reforço da profissionalização deste grupo (Caria, 2005; Roldão, 2007); sobretudo numa actualidade marcada por uma relativa incerteza seja pela (re)definição curricular, seja pelas alterações no acesso e progressão nas carreiras e avaliação de desempenho dos professores, seja ainda, pela pressão nacional e internacional para a melhoria dos resultados escolares (Lanthaume, 2006; Roldão, 2007, Timperley e Alton-Lee, 2008).
  • Joana Campos
    Docente na Escola Superior de Educação de Lisboa e investigadora do CIES-ISCTE-IUL. Licenciada em Sociologia e Mestre em Educação, actualmente a frequentar o programa de Doutoramento em Sociologia do ISCTE. As principais áreas de investigação desenvolvidas inscrevem-se na Sociologia da Educação; anteriormente em torno das problemáticas da diversidade cultural e desigualdades sociais na escola. Actualmente a investigação desenvolvida orienta-se sobretudo para os processos de formação e profissionalização dos professores e de outros profissionais da educação, como os animadores socioculturais. Outra linha de pesquisa ocupa-se essencialmente das problemáticas associadas à violência na escola, tendo contribuído para o seu desenvolvimento a integração na equipa do Observatório da Segurança Escolar.
  • PAP1547 - Projeto Mudanças Com Arte II – Jovens Protagonistas para a Igualdade de Género e para a Promoção dos Direitos Humanos
    Resumo de PAP1547 - Projeto Mudanças Com Arte II – Jovens Protagonistas para a Igualdade de Género e para a Promoção dos Direitos Humanos 
    •  NEVES, Sofia CV - Não disponível 
    •  LOUREIRO, Cecília CV - Não disponível 
    •  OLIVEIRA, Manuel CV - Não disponível 
    • PAP1547 - Projeto Mudanças Com Arte II – Jovens Protagonistas para a Igualdade de Género e para a Promoção dos Direitos Humanos

      O género possui um papel central no que se refere aos padrões de relacionamento entre homens e mulheres e, por essa razão, podemos afirmar que a violência de género está intimamente ligada à construção social e cultural do masculino e do feminino (Magalhães, Canotilho & Brasil, 2007). A promoção de comportamentos que visem reduzir, ou mesmo erradicar, a violência de género e trabalhar a igualdade afiguram-se como fundamentais para a consciencialização e empoderamento dos/as jovens sobre e na sua própria sociedade, envolvendo comportamentos, condutas, sentimentos, valores, atitudes, experiências, discursos, práticas, representações e ações. Todavia, e porque há muito a fazer, pensamos que a Prevenção da Violência é um caminho comum para docentes e discentes. Portanto, a partir deste enquadramento, nasce o Projeto “Mudanças com Arte II” que pretende atuar sobre as questões da Prevenção da Violência e da Igualdade de Direitos, recorrendo a uma metodologia qualitativa que pressupõe a participação ativa e constante de todos/as os/as intervenientes, no sentido do incremento da sua autoestima, bem como o compromisso e a corresponsabilidade necessária ao desafio de um processo de discussão/informação sobre a violência e a construção de uma cultura de paz. Aliado a isto, a desconstrução da violência através da arte tem um caráter fundamental no processo de mudança. Os objetivos do projeto prendem-se com a implementação, desenvolvimento e avaliação de um Programa de Prevenção Primária da Violência nas escolas, com jovens, desenvolvendo competências sociais e relacionais e fatores de proteção e resiliência, numa colaboração e partilha conjunta com docentes; com a promoção do protagonismo dos/as jovens na ação cultural e social, no sentido do respeito pela diferença, pela não-violência e pela Igualdade de Oportunidades, criando condições para se construírem como sujeitos e agentes de mudança; com a incrementação da consciencialização das famílias e comunidade educativa, aumentando a sua participação no combate à violência de género e na promoção dos direitos humanos e da igualdade de género; com a sensibilização de toda a comunidade escolar para a violência de Género que prejudica o ambiente escolar e o sucesso académico e social dos/as jovens e informar/alertar para os procedimentos para a diminuir e/ou extinguir; e com o aumento do conhecimento sobre o fenómeno da violência no namoro, as representações sociais acerca dos relacionamentos e dos tipos de violência. Esta apresentação procurar discutir alguns dos resultados da implementação do projeto nas escolas
  • PAP1340 - A intervenção sociológica nas estratégias locais de saúde
    Resumo de PAP1340 - A intervenção sociológica nas estratégias locais de saúde 
    •  TORRES, Margarida CV - Não disponível 
    • PAP1340 - A intervenção sociológica nas estratégias locais de saúde

      A profissionalização dos licenciados em sociologia tem sido, ao longo do tempo, alvo de debates, de reflexões e até de produção científica, motivada não só pelas dificuldades de definição objectiva do campo de actuação, mas também pela multiplicidade de áreas de intervenção que estes profissionais têm vindo a assumir no mercado de trabalho e que, consequentemente, acarretam constrangimentos na afirmação da profissão. Alguns estudos demonstram que é na administração pública, nomeadamente nas autarquias locais, que os sociólogos têm vindo a afirmar a sua identidade profissional, bem como a sua capacidade interventora em diversos domínios, sobretudo nas áreas social, cultural, de recursos humanos e de planeamento, entre outras. Mais recentemente tem-se assistido à intervenção de sociólogos na área da saúde, não só em instituições ou organizações que lhe estão directamente ligadas, como também e, sobretudo, nas próprias autarquias locais, que aparecem como palco privilegiado na aplicação das estratégias locais de saúde e que actuam sobretudo ao nível dos determinantes sociais de saúde. As autarquias têm vindo gradualmente a assumir, no quadro das suas competências, políticas de promoção de saúde em meio urbano que resultam de algumas estratégias locais de saúde, lançadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e Direcção-Geral da Saúde (DGS), como é o caso do movimento das cidades saudáveis da OMS, que surge no final dos anos oitenta e que, actualmente, conta com mais de um milhar de cidades aderentes em toda a Europa. Em Portugal, são trinta as cidades que assumiram o compromisso de aplicar os princípios de promoção da saúde propostos por este movimento, e que contam com técnicos de diversas áreas profissionais, sobretudo da área das ciências sociais, com um peso evidente dos licenciados em sociologia. Neste contexto, com esta comunicação viso apresentar um relato sobre a minha experiência na área da promoção da saúde e prevenção da doença, enquanto socióloga inserida na autarquia de Viana do Castelo, que assumiu a promoção da saúde como uma das suas prioridades de intervenção. Pretendo demonstrar as potencialidades da prática sociológica no campo da saúde, bem como as dificuldades e desafios que se colocam nos processos relacionais que se estabelecem na articulação entre a intervenção de âmbito social e a área da saúde.
  • PAP1164 - Dos saberes à prática
    Resumo de PAP1164 - Dos saberes à prática 
    •  MONTEIRO, José Miguelote de Castro CV - Não disponível 
    • PAP1164 - Dos saberes à prática

      Dos saberes à prática... Na atualidade, os responsáveis pelas organizações escolares, são pressionadas pelo poder político e pelos vários atores da comunidade educativa a inscrever nos seus projetos educativos de escola estratégias de intervenção com o objetivo de atingirem patamares de qualidade e excelência do serviço de educação/formação prestado à sociedade. Essas estratégias passam por uma eficiente utilização dos recursos financeiros, materiais e humanos o que implica um complexo processo de análise, conceção e implementação de projetos e programas que na prática se traduzem na aplicação de instrumentos de diagnóstico, novos processos de trabalho, monitorização e avaliação de todo o sistema sociotécnico da organização. É neste cenário que as organizações escolares se movem e assumem essa missão, a qual devido à sua dimensão e complexidade, exige profissionais altamente qualificados do ponto de vista científico e profissional. É um nicho de experiências, uma janela de oportunidades que se abre ao sociólogo, um desafio estimulante. Quer seja no papel de assessor ou de consultor do órgão de direção ou integrado em equipas multidisciplinares, o sociólogo pode dar um contributo importante nessa missão, disponibilizando à organização os seus conhecimentos científicos e os seus saberes profissionais. É dessa experiência profissional (realizada numa escola secundária do Alto Minho) que o autor se propõe dar testemunho, enfatizando os principais obstáculos ou constrangimentos que se lhe colocaram no plano das competências científicas exigidas e em que medida o seu “know-how”, (teórico e a prático) foram uma mais valia para a organização e ajudaram a (re)construir a sua representação social como sociólogo. José Miguelote de Castro Monteiro (Núcleo Regional do Minho da APS) 31/12/2011
  • PAP0851 - CONSTRUÇÃO IDENTITÁRIA DOCENTE NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL
    Resumo de PAP0851 - CONSTRUÇÃO IDENTITÁRIA DOCENTE NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL 
    •  MARQUES, Renat CV - Não disponível 
    •  FIGUEIREDO, Zenólia C. Campos CV - Não disponível 
    • PAP0851 - CONSTRUÇÃO IDENTITÁRIA DOCENTE NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL

      Essa investigação busca compreender como uma professora constrói suas identidades, considerando as experiências relacionais vivenciadas por ela com a organização da instituição em que trabalha, com os sujeitos adultos e com as crianças, no contexto da educação infantil. Discutimos as identidades docentes como possíveis constitutivas do sujeito no campo profissional, o que evidencia as múltiplas pertenças a campos familiares, políticos, sociais, profissionais. A noção de identidade envolve as diversas experiências de socialização vivenciadas pela professora, como as pré-profissionais, as profissionais e a experiência adquirida pela prática profissional no âmbito educacional. Enfatizamos a centralidade da professora como sujeito da sua própria história, entendendo que esta singularidade não se refere a uma individualidade, pois a docência remete a um grupo profissional, que também é coletivo. A professora não está desligada do grupo dos profissionais da área, que é uma profissão construída historicamente e marcada por discursos de legitimação que permeiam os espaços de formação destes profissionais e, também, faz parte de um grupo de professores que atua especificamente no contexto educativo da educação infantil de um município localizado na região sudeste do Brasil, o que evidencia a importância e a necessidade de compreender a construção da identidade docente de forma contextualizada. É uma construção ao mesmo tempo individual, constituindo-se como uma construção pessoal, que permite ao sujeito fazer escolhas diante do universo múltiplo e possível de identificações sociais. O instrumento utilizado foi uma entrevista narrativa realizada a partir de um roteiro auto-gerador: 1) Experiências marcantes da trajetória como professora na educação infantil; 2) Percepção que os outros sujeitos têm do trabalho da professora; 3) Contexto da instituição na qual trabalha; 4) Influência desse contexto no modo de ser professora e nas suas aulas; 5) Elementos constituintes da identidade docente; 6) Características do ser professora do ensino fundamental e/ou médio e ser professora da educação infantil. Ao “dar voz” a esta professora, diante da sua trajetória profissional e do contexto de trabalho, possibilitamos uma reflexão sobre o seu cotidiano profissional, evidenciando a importância da subjetividade nas análises da sua profissão e nos processos de construção das identidades, apontando a articulação da análise individual em um contexto mais amplo. O diálogo entre as narrativas da professora e a teoria da socialização das relações profissionais, possibilitou o exercício de mobilização de alguns conceitos, sobretudo, o de identidades, identificando as possibilidades de desenvolver um trabalho de análise no âmbito educacional.
  • PAP0841 - Sociologia em contexto institucional interdisciplinar. Reflexão em torno de uma experiência nacional
    Resumo de PAP0841 - Sociologia em contexto institucional interdisciplinar. Reflexão em torno de uma experiência nacional 
    • MACHADO, Paulo CV de MACHADO, Paulo
    • PAP0841 - Sociologia em contexto institucional interdisciplinar. Reflexão em torno de uma experiência nacional

      A actividade dos sociólogos conheceu um forte incremento nas últimas décadas. Em Portugal esse incremento não foi excepção, como se procurará documentar na Comunicação. Tal facto proporcionou o alastramento da reflexão sociológica a espaços institucionais que não haviam tido experiências precedentes em termos da contribuição do profissional de sociologia, nomeadamente porque a sua actividade matricial não era (nem se transformou necessariamente) no domínio das ciências sociais e humanas. Mas, acima de tudo, expôs os saberes sociológicos a um desafio de comunicação pró-activa, que simplificadamente se poderá entender como interdisciplinar e pluritemática. No contexto da produção interdisciplinar jogam- se questões epistemológicas, teóricas e metodológicas sensíveis e relevantes, que influenciam o desenvolvimento da sociologia, como ciência e como prática social formal. A comunicação pretende resumir factualmente e interpretar uma experiência, em contexto institucional Português, com mais de vinte e cinco anos de vida consecutivos, e que proporcionou o desenvolvimento de uma praxis adaptativa, da qual relevam saberes e experiência não transmissíveis (por replicação) para outros cenários, mas por certo relevantes para a história da sociologia e da experiência profissional dos sociólogos Portugueses. A Comunicação beneficiará da apresentação (sumária e meramente ilustrativa)de algumas pesquisas efectuadas nese contexto de interdisciplinaridade, defendendo-se a proposição segundo a qual em determinadas condições, referentes ao modelo de investigação adoptado, a interdisciplinaridade pode assumir as características de uma prática transdisdisciplinar - conceito que sugere uma discussão pormenorizada. São ainda discutidas algumas das consequências que, no nosso entender, podem ser identificadas nestes processos de "transfiguração assistida" dos saberes científicos, nomeadamente no que respeita à necessária retroacção que importa fazer e que poderia incidir nos modelos e pedagogias do ensino da sociologia. Finalmente, é equacionada a hipótese de que o trabalho sociológico em parceria científica/disciplinar pode ter um valor acrescentado e acrescido num contexto marcado por uma forte fragmentação do conhecimento.
  • Paulo Filipe de Sousa Figueiredo Machado
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    Doutorado em Sociologia, especialidade de Sociologia do Desenvolvimento e da Mudança Social, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
    Investigador integrado do CESNOVA.
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    Professor Auxiliar na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde leciona Sociologia Urbana, Teoria e Análise Demográfica e Análise e Prospectiva Demográfica na licenciatura em Sociologia.
    Coordenador do Mestrado de Ecologia Humana e e Problemas Sociais Contemporâneos e professor de Teoria e Metodologia no doutoramento em Ecologia Humana desta mesma Faculdade.
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    Áreas de investigação: demografia social, sociologia criminal e teoria e prática sócio-ecológica
  • PAP0812 - Entre a docência e a investigação: o sociólogo situado em experiências co-construídas
    Resumo de PAP0812 - Entre a docência e a investigação: o sociólogo situado em experiências co-construídas 
    • AZEVEDO, Natália CV de AZEVEDO, Natália
    • PAP0812 - Entre a docência e a investigação: o sociólogo situado em experiências co-construídas

      A comunicação tem por base a nossa trajectória profissional, situada entre as práticas da docência e da investigação. Estas têm sugerido, desde que iniciámos percurso em 1992, uma directriz estruturante: o papel profissional do sociólogo configura-se na relação constante e reflectida entre a formação graduada e pós-graduada de públicos-alvo e o olhar orientado sobre o mundo social, com o desenho de projectos de investigação, pluridisciplinares e de feição interventiva/aplicada. É da confluência entre ambos que se constrói um papel profissional situado. Apresentamos aqui duas experiências recentes de trabalho em que nós, como sociólogo, docente e investigador, fomos convidados a participar. Fora do campo estritamente académico, mas sempre em relação estreita com ele. Primeira experiência: monitorização externa do projecto teatral ENTRADO, realizada entre Dezembro de 2009 e Julho de 2011, no âmbito de uma parceria estabelecida entre a PELE e o Instituto de Sociologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (ISFLUP). O intuito foi o de acompanharmos o processo de criação teatral do projecto ENTRADO no Estabelecimento Prisional do Porto (de Setembro de 2009 a Maio de 2010). Sobre esta história, construída por vários interlocutores, com diferentes papéis atribuídos, o nosso foi o de monitorizar o projecto. Fizemo-lo num duplo papel: como profissional que, a dado momento, faz o acompanhamento das várias impressões deixadas por todos os participantes; como actor social, interessado em processos criativos de cariz cultural e social, que tornam protagonistas actores sociais anónimos. Segunda experiência: projecto pluridisciplinar sobre o Centro Histórico de Guimarães (CHG), realizado entre Setembro de 2010 e Maio de 2012, e no âmbito de uma parceria entre a SETEPÉS e o ISFLUP. Este projecto procura caracterizar os modos como a população de Guimarães se relaciona com a área classificada Património Cultural da Humanidade (o espaço patrimonial CHG), elaborar um plano de acção que promova na população o envolvimento cívico na vivência desta área classificada e sensibilizá-la para adoptar uma postura activa quanto a actividades de conservação, reabilitação e classificação do CHG. Situamo-nos como sociólogo tanto na fase exploratória de auscultação de actores sociais locais como na fase de caracterização dos perfis sociodemográficos dos moradores e não moradores desta zona da cidade e das suas representações e expectativas face a ela. Num trabalho participado, de feição teórico-metodológica e artística, o sociólogo desenvolveu uma prática de construção conjunta de conhecimento que fundamenta propostas de intervenção no CHG. É nas componentes do saber e do saber-fazer em acção, e no conjunto de discursos, práticas e relações de poder, que se exige ao sociólogo um papel profissional reflexivo e interventivo.
  • Natália Azevedo.
    Professora Auxiliar da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Departamento de Sociologia.
    Doutoramento, mestrado e licenciatura em Sociologia pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
    Áreas privilegiadas de investigação: sociologia da cultura e das artes e metodologias de investigação e avaliação, em particular nos temas das culturas urbanas, práticas e políticas culturais, turismo cultural e desenvolvimento, metodologias de investigação, intervenção e avaliação.